9 de setembro de 2014

Playlist: Bandas/Músicas que conheci lendo

Quando estou lendo algum livro e é mencionado uma banda ou alguma música, sempre anoto e vou pesquisar, muitas vezes acabo gostando e adicionando em minha playlist. Inevitavelmente acaba que a música me remete ao título do livro/personagem/algum momento, e é o que mais gosto. Pois bem, selecionei algumas músicas de livros que já li.

Métrica - Colleen Hoover: Cada capítulo do livro inicia com com alguma citação da banda The Avett Brothers, que é muito importante para a criação do livro e se não acreditem, seguem o quote:
"Este livro é dedicado aos Avett Brothers, por me motivarem a “decidir o que ser, e simplesmente sê-lo”. 

6 de setembro de 2014

Falando de Série: Orange is the new black

Se tem uma coisa que gosto muito, é de série, sempre estou acompanhando mais de uma, e ainda que o tempo esteja apertado, sempre dou aquele jeitinho e acabo assistindo um ou outro episódio. E a série da vez agora, é:
O livro Orange is the new black: My year women's prison, em que a autora Piper Kerman narra a história verídica de seus meses na prisão,  foram reveladas pela criadora da série, Jenji Kohan. A trama original é da Netflix, uma coisa boa porque você não precisa ficar esperando toda semana pela saída de um episódio. 


O cenário da série passa em um presidiário, o que faz você lembrar de Oz e Prision Break, mas é totalmente diferente a premissa. Por que? É o seguinte: Chapman, é uma ex-lésbica (não entendi bem isso, para mim você é ou não, tem isso de ex?), noiva de Larry Bloom - interpretado por Jason Biggs, de American Pie - e está iniciando um negócio com a amiga, quando descobre que alguém a denunciou para a polícia e é condenada a 14 meses em uma prisão de segurança mínima.

Quando mais nova, Piper envolveu-se com Alex Vause, que tornou-se sua amante e a ajudava transportando dinheiro conseguido pela venda de drogas. Encarcerada em Connecticut, ela entra em contado com diversos tipos de mulheres que se encontram no local por diferentes crimes, até mesmo com Vause. 

30 de agosto de 2014

Eu quero é ser poesia!


Eu não sou poeta. Não sou nada além de um punhado de teorias embaralhadas numa cabeça confusa. Os lábios não ousam dizer o que meus terminais nervosos teimam sentir, os dedos são lentos demais para transmitir as frases que se formam cada vez mais rápidas, a história se perde antes do início. Me pergunto quantos personagens matei quando virei as costas ao sentir e reneguei as constelações que eclodiam no peito. Pedaços meus que se perderam nas ruas estreitas do centro.

E existe essa ânsia que nunca adormece, esse desejo crescente e curioso de descobrir o que acontece depois do ponto final. Penso muito no amanhã, apesar de fugir de retóricas futurísticas. O futuro me parece uma música antiga, por mais contraditório que soe, uma música que escutamos anos atrás e já esquecemos a letra, e então ela volta numa festa qualquer, num rádio qualquer, um domingo qualquer, até recordarmos cada tom. Tenho medo não ter do que lembrar até o refrão.

A verdade é que sou uma farsa, dito verdades mas é certo que nada sei. O que há do lado de fora me atrai porque fujo de mim o tempo todo. Teus olhos são doces mas o mundo é vil, você olha o mundo e se torna amargo. A contradição está por todos os lados e não é possível transbordar nada, senão o silêncio. Eu não sou poeta e nem queria ser, não sou nada além de um punhado de incoerências capazes de formarem frases tão insanas quanto velozes. Os dedos se perderam mais uma vez, e lá se foi mais um raciocínio.

29 de agosto de 2014

Fix me

Tem sido tão fácil chorar. Lágrima, um pedaço que desfalece e desliza pelas pálpebras como quem se atira em um abismo. É como ter o que tanto precisa, e ainda assim não ser suficiente. É a frase da música de Coldplay que soa na cabeça "Stuck in reverse". É a solidão que, dorme com os pés entrelaçados aos meus como quem protege alguém que não cabe no mundo lá fora. E não caibo. Não há encaixe. Me desfaço entre detalhes. A lágrima que se escondeu nos cílios, os lábios trêmulos que engolem declarações, tudo me toma surpreendentemente, como se as partes que não me cabem na verdade estivessem dentro de mim, num ponto tão profundo que não pudesse ser descoberto.

Também sou desprezo, o mundo mora em grande parte do meu peito, o renego e guardo só para quem não teme os fantasmas, porque sou meus próprios demônios. E há em mim tantas coisas tristes e doídas, tantos sonhos que desaparecem na impossibilidade. Tanto. Sou excesso. Para cada coisa bonita que ouço, há infinitas tristezas que desdenham cada palavra, então me perco naquilo que foi. Estou perdida e ninguém vê. Cada passo é um a menos para o indefinito, tudo o que me acrescenta, também é tirado no outro extremo. O arfar é um a menos na contagem. Cada lágrima, um suicídio.