24 de maio de 2016

Resenha: A catastrófica história de nós dois - Jess Rothenberg

A Catastrófica História de Nós Dois, Jess Rothenberg
★★★★☆
Sinopse:  Pouco antes de completar 16 anos, Brie Eagan morre, literalmente, depois de ouvir do namorado que ele não a ama mais. E acaba descobrindo que o amor é ainda mais complicado do que ela poderia imaginar em vida. Com a ajuda de Patrick, uma alma perdida residente, Brie precisa passar pelos cinco estágios do luto até restaurar sua fé no amor e estar pronta para encarar a vida após a morte. (Fonte)




"Lá estava, exatamente como a radiografia indicava. Apesar de toda a ciência não ser capaz de explicar. Mesmo que aquilo fosse o tipo de coisa que só acontece em músicas românticas. Olhei por cima do ombro do meu pai, por cima do cadáver, e encarei os fatos. Lá estava ele. Meu coração. Dormindo. Silencioso. E partido ao meio, duas metades extraordinariamente iguais."

Brie é uma garota comum, que tem três amigas inseparáveis, um irmão que a adora e um cachorro fofo. Participava da equipe ornamental e tinha um namorado que amava, mas durante um jantar romântico seu coração simplesmente parte ao meio assim que Jacob diz a ela que não a amava. Vocês devem estar se perguntando: Como assim o coração dela se partiu ao meio?! Não foi assim também.. Ela tinha sopro no coração, mas ela sempre fazia exames rotineiros, ainda mais tendo um pai cardiologista.

Depois de estar no céu, e parar em uma pizzaria, acaba encontrado um cara que parece ter saído de um filme dos anos 80; Patrick, que tenta de tudo ajuda-la até mesmo dando um guia de sobrevivência, mas Brie é um saco no começo, não querendo aceitar a sua realidade e para  isso ela terá que passar por cinco estágios na sua vida agora eterna: A negação, raiva, barganha, tristeza e aceitação.

Ela passa um tempo na terra, as pessoas continuam suas vidas normalmente, e é quando a protagonista começa a amadurecer e faz várias descobertas: Seu pai pode ter algumas atitudes que não pode  te agradar, sua melhor amiga pode não ter dito tudo para ela e seu ex-namorado tem algo a esconder.

Não gostei muito do começo, a narração estava devagar, e achei que ela viajou em alguns momentos. Brie foi um pouco infantil, e sua narração ficava muito naquela coisa maçante de.. Jacob, Jacob! Não sei se a autora quis deixar nas entrelinhas, mas achei que algumas coisas não ficaram bem amarradas. Apesar de tudo, achei interessante o contexto, e principalmente o título, por que até o final do livro imaginamos um significado para o título, e depois vemos que era para designar outra coisa.

12 de maio de 2016

Relatos


Hoje durante uma das minhas aulas, do qual o tema era ética e moral, em diversos momentos me senti desconfortável, principalmente quando foi ilustrado que o meu papel pelo menos como uma profissional da saúde, não era de julgar o que é certo ou errado, mas diante das diversas situações em que eu me deparar, o meu dever é de proporcionar uma situação melhor para o próximo.

Acho que agora dá para entender o meu desconforto, eu como todo ser humano que conheço, sou mestre em errar - E ainda tenho a cara de pau de escrever “como todo ser humano” só para parecer como se fosse um eventual acontecimento - e assim já fiz muito, induzida por modismos ou pela necessidade de ser ber vista, já critiquei sem o direito de criticar, pois em certos momentos, na calada da noite, também fazia parte atuante do grupo criticado. Confesso que alguns defeitos trabalho para melhorá-los, outros deixo como característica pessoal, outros só ouço que tenho e faço cara  de paisagem quando me contam.

Mas com o tempo, percebi o quanto essas máscaras pesam na consciência e desconfio que seja mesmo verdade todo aquele papo de que o mundo que vemos, as situações que julgamos, são apenas um reflexo do que somos, por isso estou recolhendo as bandeiras que não podiam fazer jus da minha verdade. Guardei-as em uma gaveta e só vou tirá-las de lá se, um dia, meus atos permitirem que eu as porte sem medo de me olhar no espelho e lá ver uma falsa moralista. Só vou levantá-las novamente quando eu perder o medo de, em meu reflexo, enxergar uma pessoa que perdeu muitos quilos na consciência, e que começou a equalizar as suas falas com seus atos.

7 de maio de 2016

Resenha: Keeping the moon - Sarah Dessen

Keeping The Moon, Sarah Dessen
Sinopse: "Colie expects the worst when she's sent to spend the summer with her eccentric aunt Mira while her mother, queen of the television infomercial, tours Europe. Always an outcast -- first for being fat and then for being "easy" -- Colie has no friends at home and doesn't expect to find any in Colby, North Carolina. But then she lands a job at the Last Chance Cafe and meets fellow waitresses Morgan and Isabel, best friends with a loving yet volatile relationship. Wacky yet wise, Morgan and Isabel help Colie see herself in a new way and realize the potential that has been there all along." (No Goodreads)



Em Keeping The Moon, Colie, como prefere ser chamada vai passar o verão em Colby na casa da sua tia Mira, enquanto sua mãe, a famosa personal trailer Kiki Sparks faz um tour pela Europa. No início ela torce o nariz com a ideia de ficar com a tia, não por que ela é uma garota cheia de caprichos, mas simplesmente por que ela não se sente bem em nenhum lugar, mesmo depois de ter perdido peso por causa da sua mãe.

Colie entra no trem à destino de Colby com seus traumas de infância e a reputação que foi criada para ela por garotas más que tornavam ainda mais a sua vida complicada, não imaginando que iria conviver com a sua tia, uma mulher excêntrica e única que tenta de sua forma passar a sua sobrinha como não se deve importar com as coisas ruins que as pessoas dizem, e acabaria trabalhando na lanchonete Last Chance fazendo uma grande amizade com Morgan e Isabel, além de Norman um garoto que vive com sua tia – que realmente me conquistou - e até mesmo o Cat Norman, o gato da sua tia que vive sumindo.
“Believe in yourself up here and it will make you stronger than you could ever imagine.”

2 de maio de 2016

A gente se combina

Não sei se é coisa da minha cabeça, mas a gente se combina. Tem gente que se encaixa direitinho no jeito da gente. Não precisa se esforçar, tentar ser engraçado, divertido, compreensivo, quieto ou falador. Apenas é e isso basta.

Mas ainda não é a pessoa para chamar de "para sempre". É somente aquele alguém especial, do qual nos confunde ao nos decifrar e faz bem sem necessariamente precisar. Nos leva à dúvida de parecer muito mais que só um alguém, enquanto também não é ainda alguém o bastante para se dedicar tanto assim. Como pode? É alguém que entende o que a gente gosta, sem fazer esforço.

Aquele alguém especial que ainda não é o amor da nossa vida. É só alguém. Mas é um alguém que a gente não gosta de parar de falar. É só um alguém que faz bem pra gente. Mas que não queremos dizer que é amor, porque já foi dito tantas vezes que era amor - e não era - que a palavra perdeu a força.

Então, fica aqui o meu segredo mais sincero, minha declaração mais forte: a gente combina, é sério.

23 de abril de 2016

TAG das 20 músicas

Esses dias a TAG das 20 músicas estourou no youtube e como o YT é um dos meus vícios, fiquei tentada a responder em texto mesmo. O que também não é uma má ideia já que não falo de músicas tem um bom tempo. Segundo o filme lindo "Begin Again" você pode dizer muito sobre uma pessoa pelo o que ela tem em sua playlist, então não me julguem muito (risos). Já vou avisando que meus gostos são bem variados, e tenho uma confisão: eu adoro música "ruim" que todo mundo diz não gostar, mas quando ninguém vê, canta e dança até o chão e pede bis, fico me sentindo quando alguém olha com aquela cara de: "Nãããão acredito que você sabe essa música" é como vencer na vida! Vamos lá.


22 de abril de 2016

Como o mundo nos vê


Li alguma vez em algum lugar que tudo é uma fase, tudo é uma citação. Pensei que é exatamente isso que as pessoas tem de nós, citações de um texto inteiro que somos. É engraçado como cada ser humano é um universo e em como cada pessoa que conhecemos conhece apenas uma parte disso. Algumas pessoas uma parte bem maior, claro, mas mesmo assim, uma parte. E outras pessoas, tão pouquinho. 

Pensei também sobre as aspas que os outros tem sobre nós. Lembrei em quantas vezes desviei o olhar quebrando o contato visual com alguém, pelas tantas vezes em que tentei passar despercebida, pelos cumprimentos desengonçados, por simplesmente ser tímida. Fiquei pensando se algumas dessas pessoas poderiam ter pensado que eu era muito "boba." 

Geralmente eu pego os panfletos que são oferecidos na rua, penso que não custa. Mas algumas vezes nem olhei para a pessoa e fingi que não era comigo. Fiquei com 10 segundos de peso na consciência pela grosseria desnecessária, e fiquei pensando que pelos mesmos 10 segundos ela pode ter ficado pensando que eu era muito "metida", e que não custava pegar o papel que ela estava entregando a trabalho. 

Somos exatamente assim: um monte de detalhes que ninguém percebe. E tudo o que os outros conhecem pelo caminho são meras citações. Algumas são mais legais do que o texto todo, algumas bem mais chatas. Um monte de histórias que nunca ninguém ouviu por completo.

Só a gente.

Só.

Porque em grande parte, o mundo vê apenas aquilo que permitimos que ele veja.

29 de março de 2016

Resenha: The air he breathes (Elements #1) - Brittainy C. Cherry

The air he breathes, Brittainy C.Cherry
★★
I was warned about Tristan Cole. “Stay away from him,” people said. “He’s cruel.” “He’s cold.” “He’s damaged.” It’s easy to judge a man because of his past. To look at Tristan and see a monster. But I couldn’t do that. I had to accept the wreckage that lived inside of him because it also lived inside of me. We were both empty. We were both looking for something else. Something more. We both wanted to put together the shattered pieces of our yesterdays. Then perhaps we could finally remember how to breathe.(fonte)




"The Air He Breathes" é o primeiro livro da série "Elements" escrita pela Brittainy C. Cherry. E o primeiro livro que leio da autora e ela me surpreendeu de uma maneira muito boa. Começando pela capa, que demostra exatamente a essência do livro, as penas, o título e por último (mas nem um pouco menos importante) o modelo, que juntos sem dúvida conseguem transmitir toda a melancolia e beleza dessa história.
“No soulmate leaves the world alone; they always take a piece of their other half along with them.”
Elizabeth e Tristan sofreram perdas irreparáveis, por conta de um destino infeliz perderam as pessoas que mais amavam na vida. Mas esse mesmo destino (aka Brittaint C. Cherry) tratou de fazer o caminho desses dois se cruzarem e de alguma forma duas pessoas quebradas pelo passado começam a juntar seus pedaços e reconstruir um novo futuro.

Duas coisas me incomodaram nesse livro. Uma foi a maneira rude do Tristan de tratar as pessoas, eu simplesmente não entendo uma pessoa que tem que ficar maltratando os outros por uma coisa que aconteceu no passado e que a pessoa não tem nada a ver e nem a conhecia antes, tudo bem que seu passado foi triste, mas não o dá o direito de ser grosso, maas não demora muito e ele vai mudando. Segundo, foi eles se usarem em uma tentativa de relembrar e ao mesmo tempo fugir do passado, mas a fragilidade do sentimento de cada um é tão grande que em certos momentos você se sente culpado de julgar e só torce para que no final dê tudo certo.
“Because at the end of the day, it’s not about the tarot cards, or the crystals, or the special teas. That’s not where the magic lives. The magic is in the tiny moments. The small touches, the gentle smiles, the quiet laughs. The magic is about living for today and allowing yourself to breathe and be happy. My dear boy, to love is the magic.”
A escrita da autora é incrível, juro, é do tipo que você se pega fazendo pausas e relendo alguns trechos e com a vontade de usar os quotes em tudo, no status, no convite de casamento, na testa (ok, exagerei agora). A autora conseguiu deixar toda a tristeza do livro bonita, te envolver na história sem fazer o esforço de se colocar no lugar dos personagens e faz esquecer os pequenos deslizes cometidos. Tem muitos personagens que você quer ser amigo e guardar em uma caixinha, tipo a Emma <3 não foi deixado nenhuma ponta solta, no fim tudo se encaixou, com direito a um epílogo muito fofo. É um bom livro para começar ler inglês, no mais.. Super recomendado!

28 de março de 2016

Resenha: Beleza Perdida - Amy Harmon

Beleza Perdida, Amy Harmon
★★
Ambrose Young é lindo — alto e musculoso, com cabelos que chegam aos ombros e olhos penetrantes. O tipo de beleza que poderia figurar na capa de um romance, e Fern Taylor saberia, pois devora esse tipo de livro desde os treze anos. Mas, por ele ser tão bonito, Fern nunca imaginou que poderia ter Ambrose… até tudo na vida dele mudar. Beleza perdida é a história de uma cidadezinha onde cinco jovens vão para a guerra e apenas um retorna. É uma história sobre perdas — perda coletiva, perda individual, perda da beleza, perda de vidas, perda de identidade, mas também ganhos incalculáveis. É um conto sobre o amor inabalável de uma garota por um guerreiro ferido. Este é um livro profundo e emocionante sobre a amizade que supera a tristeza, sobre o heroísmo que desafia as definições comuns, além de uma releitura moderna de A Bela e a Fera, que nos faz descobrir que há tanto beleza quanto ferocidade em todos nós. (fonte)

Beleza Perdida é um livro que.. Ah. Tanto para dizer deste livro. Acredito que o melhor a fazer é lê-lo sem saber muito do que vai encontrar no livro. Basta que você saiba que vai encontrar uma história maravilhosa, belíssima, emocionante e sensível, que faz valer a frase "Um bom livro não termina, se esconde dentro de nós."

Não vou me prender a história para não dar muitos detalhes, pois acho que dessa maneira vai estragar muitas das emoções que ela proporciona à medida que é lida. Um dos pontos que fez eu amar o livro, foram as citações literárias e as menções bíblicas, Fern é uma devoradora de romances e filha de pastor, segundo ela, a bíblia a conforta e os romances lhe dão esperança. (como não amar?)

De forma sútil e muito bem colocada, a autora liga os personagens de forma incrível, com acontecimentos, com emoções, com sensações. Cada detalhe do livro foi muito bem pensado e se conecta de forma perfeita. Desde os títulos dos capítulos, até os flashbascks constantes em todo o livro, e perfeitamente colocados em cada momento que se fazia necessário. Tudo tem um motivo e nada é por acaso neste livro. Este modo como a Amy contou sua história me cativou. Ela faz uso de muitos artifícios em sua narrativa para chegar ao ponto em que deseja. Os flashbacks são sensacionais, assim como a passagem do tempo, entre presente e as lembranças do passado, e o modo como os anos passam. Também é fantástico o desenvolvimento e ligação entre os personagens. (Peraí que eu preciso de um parágrafo só para falar dos personagens).

(Ok, pronto, um parágrafo só para os personagens) Os personagens são muito bem construídos, sério, não tenha um que não seja. A Fern apesar do clichê de "patinho feio" é forte, ousada, exala amor e fé, em nenhum momento ela escondeu seus sentimentos em relação ao Ambrose, que é um cara definitivamente incrível. E o relacionamento deles é tão... crível. Eu me apaixonei pelo Bailey (onde eu arrumo um para mim?) ele é extremamente inteligente e sabe tirar o melhor de cada situação, sendo responsável por muitos momentos marcantes e emocionantes do livro.

Me peguei chorando algumas vezes e não consegui desgrudar do livro antes de terminá-lo. É meio que difícil de explicar o que senti ou o que trouxe comigo do livro porque faltam as palavras quando algo é tão bom quanto Beleza Perdida foi. Eu poderia reler mil vezes e nunca me cansaria. Traz muito o que refletir e pensar sobre. Me senti profundamente agradecida por ter lido esse livro. Levarei cada passagem dele no meu coração. E não quero que a sensação passe... ainda quero "ficar neste livro" um pouquinho mais.

Resenha: Como eu era antes de você

Como eu era antes de você, Jojo Moyes
Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Trabalha como garçonete num café, um emprego que não paga muito, mas ajuda nas despesas, e namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe.Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Tudo parece pequeno e sem graça para ele, que sabe exatamente como dar um fim a esse sentimento.O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro. Como eu era antes de você é uma história de amor e uma história de família, mas acima de tudo é uma história sobre a coragem e o esforço necessários para retomar a vida quando tudo parece acabado.(fonte)
Não vou me prender na história em si, leiam a sinopse.
Sabe aquele tipo de livro que você o pega sem nenhuma expectativa, sem certeza de nada, pois não leu a sinopse e depois quando vai lendo vai se surpreendendo, se emocionando e quando termina, passa alguns dias e ainda fica extasiado pelo o que leu e surge aquela sensação que não vai encontrar outro livro bom? Pois bem, esse é o livro!

Louisa Clark, é aquela personagem super excêntrica, foge do padrão de personagens que estamos acostumados com suas roupas inusitadas e com sua tamanha teimosia, no sentido bom, claro. No começo você pensa que devido as rabugices de Will ela vai desistir facilmente, mas não, ela acaba surpreendendo aos leitores e aos personagens do livro. Seu namorado, Patrick, é aquele cara que só pensa nele e em correr, uma vez que é um triatleta, super chato e mesquinho e que me irritou em suas poucas aparições.