12 de maio de 2016

Relatos


Hoje durante uma das minhas aulas, do qual o tema era ética e moral, em diversos momentos me senti desconfortável, principalmente quando foi ilustrado que o meu papel pelo menos como uma profissional da saúde, não era de julgar o que é certo ou errado, mas diante das diversas situações em que eu me deparar, o meu dever é de proporcionar uma situação melhor para o próximo.

Acho que agora dá para entender o meu desconforto, eu como todo ser humano que conheço, sou mestre em errar - E ainda tenho a cara de pau de escrever “como todo ser humano” só para parecer como se fosse um eventual acontecimento - e assim já fiz muito, induzida por modismos ou pela necessidade de ser ber vista, já critiquei sem o direito de criticar, pois em certos momentos, na calada da noite, também fazia parte atuante do grupo criticado. Confesso que alguns defeitos trabalho para melhorá-los, outros deixo como característica pessoal, outros só ouço que tenho e faço cara  de paisagem quando me contam.

Mas com o tempo, percebi o quanto essas máscaras pesam na consciência e desconfio que seja mesmo verdade todo aquele papo de que o mundo que vemos, as situações que julgamos, são apenas um reflexo do que somos, por isso estou recolhendo as bandeiras que não podiam fazer jus da minha verdade. Guardei-as em uma gaveta e só vou tirá-las de lá se, um dia, meus atos permitirem que eu as porte sem medo de me olhar no espelho e lá ver uma falsa moralista. Só vou levantá-las novamente quando eu perder o medo de, em meu reflexo, enxergar uma pessoa que perdeu muitos quilos na consciência, e que começou a equalizar as suas falas com seus atos.

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